Tendo em conta que o Pavilhão Desportivo da Escola Secundária de Mirandela é um equipamento desportivo vocacionado para o desenvolvimento de atividades nas áreas recreativa, formativa e de competição, pretende-se assegurar que esta importante infraestrutura faça parte da rede municipal de Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE). Salienta-se que a implementação destes dispositivos já tinha sido efetuada na Piscina Municipal, no Pavilhão Gimnodesportivo do Inatel e no Campo Desportivo da Reginorde.
Desta forma, o Município de Mirandela passa a contar com a implementação de um Programa de Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE) alargado a quatro infraestruturas e com um aumento de 24 para 36 operacionais formados para operar este sistema.
Os DAE são dispositivos eletrónicos portáteis que, em situações de paragem cardiorrespiratória, analisam o ritmo cardíaco e nas situações indicadas aplicam um choque elétrico com o intuito de se retomar um ciclo cardíaco normal e assim evitar a morte da vítima.
A paragem cardiorrespiratória de origem cardíaca é a principal causa de mortalidade nos países desenvolvidos. Em Portugal estima-se que ocorram 10.000 casos todos os anos acontecendo quase sempre de forma súbita, inesperada e fora do meio hospitalar. Na grande maioria dos casos o único tratamento eficaz é a desfibrilhação elétrica (choque) e o fator mais importante para o sucesso da intervenção é o tempo que decorre entre o colapso da vítima e o início de manobras de Suporte Básico de Vida e a utilização de um desfibrilhador.
Estudos demonstram que em Portugal a taxa de sobrevivência de uma vítima de paragem cardiorrespiratória presenciada é inferior a 3%. Este valor compara com uma taxa de sobrevivência de 74% em locais com Programas DAE.