Depois de uma reunião conjunta entre a Presidente do Município de Mirandela, Júlia Rodrigues, o Delegado de Saúde Distrital, Luís Sá, o Presidente da Junta de Freguesia de Mirandela, Vítor Correia, e vários Serviços Técnicos do Município, nomeadamente, a Divisão de Ambiente e Serviços Operacionais, Proteção Civil/Gabinete Técnico Florestal e também o Serviço de Veterinária, teve início na passada segunda feira, 20 de janeiro, a execução do Plano de Ação de Controlo da Lagarta-do-pinheiro, mais conhecida como “processionária”, presente no bosque urbano da Urbimira.
A invasão por esta espécie varia de intensidade conforme as condições climáticas (variações de temperatura e insolação) e a presença de inimigos naturais (fungos, bactérias, aves, etc.). No que respeita à saúde pública, a processionária pode constituir um problema grave, principalmente, em anos propícios ao desenvolvimento de colónias e em locais habitados ou frequentados pela população.
Consoante a janela temporal do ciclo de vida desta praga, que assola várias regiões, o controlo desta espécie, principalmente em espaços urbanos, exige ações planeadas e monitorizadas, delineando-se a solução mais adequada para o local afetado e tendo em conta o estádio de desenvolvimento da praga e a biologia da espécie.
Conhecendo-se o ciclo de vida da processionária, é necessário o ajuste da metodologia de tratamento, conforme a época ideal do ano, melhorando a eficácia do seu controlo.
Distribuída por três fases, a primeira intervenção neste local passará pela redução parcial da densidade do pinhal, que para além da diminuição significativa da praga, irá melhorar as condições do estado de sanidade das árvores adjacentes, como é o caso de sobreiros existentes, bem como as diversas espécies que já constituem um pequeno bosque plantado voluntariamente por munícipes residentes.
A equipa de Sapadores Florestais do Município, que dispõe de equipamentos adequados e recursos humanos com formação específica para intervenções desta natureza, terá a cargo a remoção de ramos onde se identifica a praga, eliminando os ninhos através da queima dos mesmos.
Como reforço da estratégia preventiva, serão colocadas armadilhas nos troncos das árvores afetadas de forma a interromper o ciclo de vida desta praga.
Numa segunda fase serão introduzidas plantas com porte de diferentes estratos verticais e horizontais, conseguindo-se assim um ecossistema biodiverso favorável à fixação de espécies animais, especialmente aves, que contribuirão para a diminuição da incidência futura da praga. Para além disso, com estas intervenções, torna-se o espaço convidativo para atividades lúdicas.
A terceira e última fase consiste no acompanhamento e monitorização da evolução do grau de infestação.
Sendo um problema que afeta todo o concelho, a autarquia, em articulação com as juntas de freguesia, promoverá um levantamento e respetivas intervenções junto das árvores infetadas.
A identificação de casos poderá ser feita por qualquer cidadão através do contacto com o Serviço Municipal de Proteção Civil / Gabinete Técnico Florestal, ou com o Serviço Municipal de Veterinária, pelo telefone 278 200 200.